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Vaqueiros avaliam a primeira vaquejada 100% ABVAQ

Publicado há 8 anos - Por Genivaldo Lima


 

 

 

Vaqueiros tops da vaquejada brasileira presentes na prova do Manduri Parque Show, que acontece este fim de semana, de 28 a 31 de janeiro em Frei Miguelinho-PE, avaliaram o novo regulamento da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), que passou a valer na segunda etapa do Campeonato Portal e prometeram contribuir para a evolução do esporte sem perder a sua essência cultural.

Na opinião do vaqueiro cearense Renato Tobias, “as regras são necessárias, mesmo que algumas sacrifiquem um pouco os competidores. Entendo a importância da ABVAQ como defensora da vaquejada e vamos procurar contribuir para o fortalecimento da nova vaquejada,” disse.

Celso Junior, filho do Penta campeão Celso Vitório, foi além e declarou: “ Toda mudança é complicada, mas tudo na vida evolui, inclusive a vaquejada. Vi meu pai correndo de um jeito depois aprendi com ele e acompanhei as mudanças culturais e desportivas e hoje ele já corre obedecendo novas regras. Nós somos profissionais e queremos ver a vaquejada totalmente regulamentada, garantido o nosso pão de cada dia por muito tempo. Tem algumas complicações no regulamento que é rígido em alguns pontos, mas vamos em frente,” afirmou Juninho.

 

 

Celso Vitorio e Celso Junior

O sergipano Gênison Borges acha que o regulamento deveria ter sido mais discutido e que os vaqueiros deveriam ter se unido para defender seus interesses. “Sabemos que a situação não é fácil e muita gente vem tentando acabar com essa cultura que virou esporte e gera renda e empregos. Fica aqui a minha preocupação e a esperança de que um dia nossa classe se una,” falou Borges.

Outro que falou sobre o assunto foi Breno Santos do Parque Boi Nelore de Frei Miguelinho-PE. “Na qualidade de vaqueiro, promotor de vaquejada e criador de boi de vaquejada posso dizer que mudanças são necessárias. Por um lado vamos poupar mais bois, por outro o vaqueiro vai se arriscar mais e pode perder mais bois, mas se a regra é para todos só nos resta cumprir,” afirmou Breno.

Carlinho Timóteo concorda com as novas regras, mas acrescenta que os vaqueiros vão sofrer um pouco para evitar a quebra de cauda, pois na maioria das vezes é motivada pela força do cavalo. “Lei não se discute, se cumpre!”

 

 

Unidos pela vaquejada

O Campeão nacional pelo Portal Vaquejada, Carlos Rodrigues ( Carlão ), disse que “a ABVAQ tem feito o seu papel na defesa do esporte e cabe aos vaqueiros também fazer a deles. Essas não foram as primeiras mudanças nem serão as últimas. Com o tempo a gente se acostuma,” profetizou.

Gera Guerra um dos tops do esporte nordestino acha que faltou bom senso da parte dos que elaboraram o regulamento e acredita que o Ministério Público deveria aliviar um pouco e ver o lado dos animais, mas também dos vaqueiros. “Satisfeito eu não estou, mas acredito que vamos encontrar uma saída boa para todo mundo,” garante Gera.

Adjailson Paiva também acredita na adaptação dos atletas da sela e torce para que a vaquejada continue firme e forte como esporte e cultura. “Com fé em Deus a gente vai treinar mais e entrar nos eixos. Não é fácil, mas não é impossível. Tenho acompanhado a luta dos que fazem a ABVAQ para garantir a sustentação de nosso esporte e acho louvável,” explica Adjailson.

A vaquejada no Manduri Park Show segue firme até domingo com uma disputa que vai entrar para história como a primeira prova a executar 100% das novas regras do Regulamento ABVAQ. Até agora já foram efetuadas mais de 600 inscrições, sendo mais de 130 da categoria Profissional.

 Foto: Renan Leoncio

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