O Brasil se une e vai as ruas pela manutenção da vaquejada
Publicado há 8 anos
As principais cidades e capitais Brasileiras, com destaque para as do Nordeste estão com tudo organizado para os protestos de amanhã (11 de outubro). Será uma grande manifestação pacífica em favor da manutenção da vaquejada como cultura, esporte e geradora de emprego e renda.
O ato é uma alerta ao STF - Supremo Tribunal Federal – que no último dia 06, de forma equivocada, tornou a Vaquejada ilegal no Ceará. A decisão que derrubou a lei cearense que regulamentava o esporte abre caminho para que a atividade também chegue ao fim no restante do país.
Em virtude dessa decisão que afeta diretamente milhares de pessoas que tem no esporte a sua fonte direta de sustento, associações de todo país se organizam para protestar a favor da Vaquejada e esclarecer a população desmistificando o pensamento de que existem maus tratos no esporte.
Na Paraíba, as manifestações em Campina Grande e João Pessoa têm locais e horários definidos. Em Campina, o protesto será em frente ao Parque de Exposições Carlos Pessoa Filho, na saída para Queimadas, a partir das 9h. Em João Pessoa a concentração será na Praça da Independência com destino a praça dos Três Poderes, no mesmo horário.
Há 100 anos a Vaquejada surgiu tendo como raiz a pega de boi no mato. A prática passada de pai para filho no sertão nordestino incorporou regras até alcançar o patamar de esporte. A atividade que agrega o folclore e a cultura do Nordeste tornou-se a maior fonte de renda da região. De acordo com a ABVAQ (Associação Brasileira de Vaquejada), são realizados cerca de 6 mil eventos ao ano, com público circulante de 650 milhões de pessoas, um giro na economia em torno de R$ 700 milhões e 600 mil empregos indiretos e 130 mil diretos.
No próximo dia 25 de outubro haverá uma manifestação nacional em Brasília para chamar a atenção dos parlamentares e juristas sobre o impacto que o fim da prática causará na economia do Nordeste. “Talvez por não conhecerem bem a realidade da Vaquejada, muitos não têm ideia do impacto que essa decisão causará nas famílias nordestinas. Serão milhões de desempregos, sem contar a perda cultural. É nossa identidade folclórica que está sendo sacrificada. Não podemos apagar um legado de cem anos, muito menos levar milhões de famílias à miséria”, disse Paulo Filho (presidente da ABVAQ).