Vaquejadas

Morre médica veterinária que teve Síndrome de Haff

Publicado há 3 anos - Por Revista Vogue


Mãe De Pryscila Andrade Publicou Mensagem Nas Redes Sociais Nesta Terça-Feira

 

 

 

 

 

Internada desde o dia 18 de fevereiro após comer um peixe da espécie arabaiana, a médica veterinária Pryscila Andrade teve sua morte confirmada pela família.

Ela estava no Real Hospital Português, em Recife, onde deu entrada com sua irmã que teve o mesmo diagnóstico de Síndrome de Haff, conhecida popularmente como "doença da urina preta". Flávia Andrade, de 36 anos, porém, recebeu alta após apresentar melhora.

“O céu hoje estará te recebendo com muita luz, na casa do pai, e aqui jamais esqueceremos da sua humildade, caráter, da sua eficiência como profissional, meiga, linda, alegre, sorridente e cheia de luz. Seu sorriso vai ficar na minha memória eternamente. Te amamos, seus pais, irmãos, sobrinhos, Matheus, parentes e amigos”, escreveu Betânia Andrade, mãe de Pryscila, no Instagram.

Relembre o caso

A empresária Flávia Andrade, de 36 anos, e a irmã, a médica veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, chegaram ao Hospital Português, no bairro do Paissandu, na área central da capital pernambucana, no dia 18 de fevereiro.

A internação ocorreu horas após almoço, que tinha no cardápio o peixe arabaiana, também conhecido como "olho de boi". O alimento foi comprado no bairro do Pina, na Zona Sul da capital. 

Os primeiros sintomas surgiram após um almoço no dia 12 de fevereiro, mas se agravaram após comerem arabaiana outra vez, seis dias após a primeira ingestão. "Confundimos com dor de coluna, dor de estômago e não demos tanta importância", disse Flávia em um vídeo compartilhado nas redes sociais.

 Priscila havia comido o peixe junto com outras pessoas (o filho, Flávia, e duas funcionárias), mas somente as irmãs foram internadas quatro horas depois. A médica veterinária seguiu na UTI porque seu fígado foi comprometido, os rins ficaram paralisados e os médicos identificaram água em seu pulmão.

"No segundo consumo, além de mim e das secretárias, meu filho consumiu o peixe e minha irmã Pryscila. Quando fomos socorrer Pryscila, ela estava com fortes dores e não conseguia se mexer de tanta dor, ficou paralizada e não conseguia nem que tocassem nela. Eu comecei a apresentar os sintomas e fiquei paralizada, não conseguia andar de tanta dor. Pensei que fosse um stress por ver minha irmã naquela situação, fui medicada e voltei para casa e ela foi para a UTI. Ao visitá-la, fui conversar com o médico dela que citou um caso de outro paciente que havia comido arabaina e explicou a situação que o peixe tinha uma toxina", explicou Flávia nas redes. 

"Meu apelo é que tenham mais estudos sobre essa doena. O diagnóstico dela foi por acaso. Que tenham mais investigações sobre essa toxina. Não temos como saber se o peixe está contaminado. Que tenham mais estudos sobre a síndrome de Haff, fica meu apelo", finalizou no post feito há 5 dias. 

As causas da doença de Haff ainda são pouco conhecidas. Ela é uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular. 

Entre seus sintomas, apresenta o escurecimento da urina, que chega a ficar da cor de café. Ela está associada à ingestão de crustáceos e pescados.

Além da urina preta, outros sintomas também podem aparecer, como dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.

Última postagem nas redes sociais

Em seu último post no Instagram feito no dia 17 de fevereiro, Pryscila falou sobre recomeços.

"Esteja pronto pra REcomeçar sempre que for preciso. E pra você REcomeçar, precisa de CORAGEM. Tenho coragem para começar, e você? Quem tem medo de começar tudo de novo, vive morrendo de medo de perder tudo que tem. Esteja pronto pra REcomeçar seus negócios, seu casamento, e para isso NÃO tenha orgulho do que já fez, do que já viveu... O orgulho também impede de você prosperar, NÃO seja orgulhoso, vaidoso... #transbordeoquehádemelhoremvocê", dizia o texto publicado. 

Fotos: Arquivo pessoal instagram

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