Vaqueiros, criadores, donos de parques, profissionais de vaquejada, artistas, forrozeiros e amantes da vaquejada do Brasil inteiro estão chegando em Brasília para a grande manifestação de amanhã, 25 de outubro, a favor da vaquejada e da aprovação no Senado da PLC 24 que transforma vaquejada e rodeio em Patrimônio Cultural Imaterial de autoria do Deputado Federal Capitão Augusto.

Segundo a coordenação do evento que tem a frente a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) e a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha (ABQM) são esperados cerca de700 caminhões, 3 mil cavalos e mais de 10 mil pessoas na maior e mais bem organizada manifestação dos últimos tempos na capital federal. “Nosso objetivo é mostrar que realizamos uma vaquejada legal, sem maus tratos e cheias de regras que garantem a proteção dos animais e dos vaqueiros. Sem vaquejada, mais de 600 mil pessoas ficarão sem emprego”, declarou Jonatas Dantas, vice-presidente da ABVAQ.

A manifestação bem planejada, organizada e pacífica teve o cuidado de fazer tudo dentro da lei, desde a convocação, os protestos locais, a viagem com os cavalos sendo transportados com GTA e de forma confortáveis com paradas constantes para alimentação até o acampamento oficial no Parque e Haras Leão com todos os caminhões cadastrados e os animais fiscalizados e bem tratados.

Uma vasta programação já foi divulgada e já começa hoje a noite com a carreata dos caminhões nas primeiras horas do dia rumo à Esplanada dos Ministérios. Haverá benção, missa do vaqueiro, discursos de apoio, apresentação artísticas, cavalgada de depoimentos de quem compete e trabalha na vaquejada que estão com seus empregos ameaçados pela decisão equivocada do STF que declarou inconstitucional uma Lei do Ceará que regulamentava o esporte naquele estado.   

Uma coisa é certa: Brasília vai virar sertão e o rural vai marcar história mostrando a força que vem do campo onde o cavalo tem presença marcante e além de ajudar na lida com o gado e no transporte de pessoas, também participa de competições que proporcionam diversão, emprego e renda. “Precisamos virar esse jogo e mostrar ao Brasil o quanto temos contribuído para economia desse país que se sustenta graças ao agronegócio”, declarou o fotógrafo Aluíso Alves que há 30 anos vive de vaquejada.