PERSONAGEM

Beto do Cal se transforma em Betânia para divertir o público na vaquejada

Publicado há 8 anos - Por Genivaldo Lima


Betânia dando show na pista

Ele é baiano de Ibotirama e trabalha há mais de 20 anos nas vaquejadas pelo Brasil exercendo a função de calzeiro (pessoa responsável por acender as listas da faixa com cal ). Adalberto Sousa dos Santos, mas conhecido como Beto do Cal, um dia resolveu se vestir de palhaço e fazer a diferença na pista para quebrar a rotina, pois geralmente, passa de três a quatro dias correndo com intervalos para descanso de cinco em cinco horas.

Betânia é pura diversão

O público aprovou a ideia e Beto continuou se vestindo de palhaço, principalmente nas horas de disputas. O tempo passou e uma amiga, que também era sua fã, sugeriu que ele se vestisse de mulher. Ele topou na hora! Pegou emprestada uma roupa da amiga e montou o personagem “ Betânia, a irmã de Beto”, um sucesso que encanta e diverte a todos nas vaquejadas há mais de sete anos. 

 Betânia e uma amiga vaqueira

Casado pela segunda vez e pai de três filhos, ele se emociona ao falar da vaquejada. “Vaquejada é tudo em minha vida, não sei fazer nada a não ser trabalhar na vaquejada como calzeiro e divertir esse povo maravilhoso. É da vaquejada que eu tiro meu sustento e pago a educação de meus filhos. Na vaquejada a gente faz amigos de verdade. Eu ando o Brasil de ponta a ponta e aonde eu chego é mesmo que está em casa, pois a nossa nação é acolhedora,” declarou Beto.

Betânia recepcionada por um vaqueiro

Betânia é realmente um personagem encantador que não tem medo de se agarrar e beijar os vaqueiros com seus jeitos rústicos. “Alguns se aborrecem e até ficam com raiva quando eu faço alguma brincadeira com eles na pista, mas depois peço desculpa. Outros acham boa a brincadeira e muitos me chamam para tirar fotos até com a família. A minha brincadeira é sadia e só tem a intenção de divertir,” esclarece Beto do Cal.

Beto do cal de cara limpa

Vaquejada é isso aí: uma confraternização permanente envolvendo pessoas apaixonadas pela cultura vaqueira. O que era só uma manifestação cultural nascida nas fazendas do Nordeste virou esporte, se profissionalizou, evoluiu criou novas regras e hoje tem no comando uma associação chamada ABVAQ que criou um Regulamento Unificado visando o bem-estar animal, a proteção dos vaqueiros e a evolução do esporte, sem perder a sua essência. Viva a vaquejada! Viva seus personagens!    

Foto: Allan Damasceno e Renan Leoncio 

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