Lucimara Sampaio, uma jovem paraibana de Boqueirão, tem conquistado seu lugar de destaque na vaquejada, um esporte que corre nas veias de sua família há gerações. Aos 20 anos de idade, Lucimara é uma das promessas da categoria Feminina do VaideBet Portal, tendo alcançado o 4º lugar ao longo da competição de 2023.

A história de Lucimara com a vaquejada começou quando ainda era uma criança, influenciada pelo amor de seu pai por esse esporte. Ela lembra com carinho: "Foi através do meu pai, eu sou apaixonada mesmo, é melhor me dar 10 cavalos pra mim ajeitar do que me dar uma casa pra eu cuidar. Meu pai me botou nesse mundo e eu corria lá pelo Boqueirão."

Aos poucos, Lucimara se aproximou mais desse universo emocionante. Ela teve a oportunidade de conhecer "neguinho de Maria Rita", uma figura importante em sua jornada na vaquejada. Lucimara recorda: "Quando meu cavalo nasceu, ele botou em ordem e eu comecei a correr nele mesmo. Corri valendo a primeira vez com 16 anos e aí eu ganhei e desembestei."

Mas a jornada de Lucimara não foi isenta de desafios. Ela lembra dos momentos difíceis quando estava aprendendo a domar cavalos: "Eu não lembro a primeira vez que derrubei um boi, mas lembro que eu corria num cavalinho e amansei ele no chão e o povo dizia: 'tu vai acabar teu cavalo'. Quando foi na outra semana o cavalo tava com medo de mim, quando peguei nele ele já não quis mais, aí painha disse, não tu vai correr em outro."

Com 14 anos, Lucimara começou a correr em casa, mas seu início oficial nas competições foi com 16 anos. Ela faz parte de uma família de quatro irmãos, dos quais apenas ela e seu irmão compartilham a paixão por correr boi. O apoio de sua mãe foi crucial nesse processo: "Minha mãe sempre me apoiou, ela dizia: se tu gosta disso, arrocha! Eu chorava pra não ir pra escola. Pra escola mesmo eu tinha que ir a força, mas terminei o ensino médio."

Lucimara destaca como a vaquejada é um esporte completo, que abrange diversas áreas do conhecimento: "Pra mim a vaquejada ensina de tudo. Tem tudo! Todas as matérias que se estuda na escola, tem na vaquejada: história, geografia, matemática. A vaquejada é um mundo que ensina demais. Meu mundo é a vaquejada."

Sua dedicação ao esporte é inegável. Ela relembra como abraçou a vaquejada de corpo e alma, mesmo quando isso significou escolher esse esporte sobre outros interesses, como o futebol: "Eu jogava bola e as meninas brigavam comigo: 'Lucimara tu vai deixar de jogar bola com a gente pra ir pra vaquejada?' Eu dizia, 'claro, se eu gosto de vaquejada'. Eu gosto de jogar bola, mas se tiver passando a copa e a vaquejada, eu assisto a vaquejada."

Lucimara ressalta a importância de aprender com as derrotas, algo que faz parte da competição: "Eu gosto de ganhar, quando a gente perde a gente fica triste, mas a gente tem que perder pra aprender mais, porque só ganhar não aprende nunca. A gente tem que ter um erro pra ter o aprendizado."

A vaqueira conta ainda que quando era pequena ia pra Boa Vista com o pai, olhava as meninas correndo e ficava no pé da cerca chorando, eu pensava: um dia eu entro nesse campeonato. E hoje em dia, graças a Deus eu tô aqui.

O sonho de Lucimara é conquistar mais troféus no VaideBet e, com fé em Deus, disputar o título de "Campeão dos Campeões". Ela compartilha a emoção especial de ganhar o "amarelinho", um troféu único e cobiçado que apenas o primeiro lugar recebe: “Quando eu chego em casa e entrego pra mainha o amarelinho, todo mundo se emociona lá em casa.”

Lucimara Sampaio não só tem uma conexão profunda com a vaquejada, mas também com seu fiel companheiro de quatro patas, Steve Diego. Steve é mais do que apenas um cavalo para Lucimara; ele é uma parte essencial de sua jornada na vaquejada. O laço entre eles é tão forte que Lucimara relata ter visto o nascimento de Steve, e essa ligação só se fortaleceu desde então. O amor mútuo entre Lucimara e Steve Diego é uma história que ilustra o vínculo especial entre cavaleiros e seus cavalos, uma parte fundamental da tradição da vaquejada.

Uma das questões que Lucimara aborda é a presença feminina na vaquejada e como o VaideBet Portal tem contribuído para valorizar as mulheres no esporte, melhorando a premiação. Ela admira outras vaqueiras, como Mônica Cardoso e Cariline Silva, lembrando da adrenalina e emoção que é a disputar com elas, e destaca a competitividade das mulheres nesse universo tradicionalmente dominado por homens.

A história de Lucimara Sampaio é um exemplo de determinação, paixão e dedicação à vaquejada. Com sua perseverança, ela está quebrando barreiras e conquistando seu lugar de destaque no mundo desafiador e emocionante das corridas de boi.