O Gordo largou a estrada, mas a estrada não largou ele
Publicado há 6 anos - Por Genivaldo Lima
A vida do vaqueiro profissional não é muito diferente da vida do caminhoneiro, inclusive ele passa grande parte de seu tempo em um caminhão rodando o Brasil pelas vaquejadas. Conhecido como o Gordo que tem de tudo pra vender nas vaquejadas, o sergipano Adeilson Alves, 39 anos, chegou há pouco menos de um ano nas festas de gado e estreou como vendedor de bugigangas na vaquejada do Parque das Palmeiras em Lagarto-SE trazendo uma porção de novidades eletro eletrônica para vender em sua tenda.
Hoje, ele ampliou a variedade e tem em seu estoque tudo que um vaqueiro ou amante de vaquejada precisa. De sela a correia de couro para espora passando por barbeador e remédio pra cavalo chegando em camisetas e bonés. Ele ainda tem a particularidade de atuar como quebra galho tirando muitos vaqueiros e fregueses do prego. Fura buraco em cilha, conserta botas, oferece um cafezinho bem passado e até arroz carreteiro, disponibiliza tomada para quem precisa carregar celulares e brinda a freguesia com um show de cordialidade e bons papos.
Adeilson perdeu o pai ainda criança e teve que ser garoto de rua em Aracaju-SE, quando resolveu deixar Itabaianinha, sua cidade natal. Deus o ajudou ele fez sua parte agarrou as oportunidades aprendeu a dirigir conseguiu muitas coisas como caminhoneiro e hoje ganha a vida como comerciante na vaquejada para terminar de formar sua filha em Arqueologia e encaminhar o filho para o Enem, que pretende fazer medicina. “Sou uma pessoa feliz. Sempre gostei de vaquejada e hoje vivo socado nela e vivo dela, brevemente estarei com meu caminhão e também correndo boi, coisa que gosto de fazer desde jovem e nunca me apartei de um bom cavalo, ” declarou o Gordo, que disse apoiar a paralização dos caminhoneiros, pois entende que é uma classe sofrida e a vitória deles é a vitória de todos os Brasileiros.
Foto: Renan Leoncio