Foi aprovada a PEC da vaquejada no Senado
Publicado há 7 anos - Por Genivaldo Lima
Já estamos mais perto do que longe. O Senado aprovou nesta terça-feira, 14 de fevereiro, em primeiro e em segundo turnos, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo Senador Otto Alencar (PSD-BA) que viabiliza a prática da vaquejada como manifestação cultural e desportiva.
A PEC estabelece que "não são cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais". Com a aprovação, o texto segue para análise da Câmara, onde também deverá ser analisado em dois turnos. Para ser promulgada, a PEC precisará do apoio de, pelo menos, três quintos dos deputados (308 dos 513).
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) defendeu a PEC argumentando que a prática da vaquejada faz parte da cultura nordestina e movimenta R$ 600 milhões por ano, além de gerar 120 mil empregos diretos. Já o senador, Roberto Muniz (PP-BA), acrescentou: "Precisamos derrubar algo que é muito pior do que derrubar um boi. Precisamos derrubar o preconceito contra a cultura nordestina."
Foi uma vitória esmagadora com 55 votos a favor e 8 contra, tendo 3 abstenções e ainda o voto favorável do presidente. Estiveram presente no Senado, membros da diretoria da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) e amantes do esporte que há tempo lutam por sua legalização.
O presidente da ABVAQ, Paulo Fernando Filho (CUCA), agradeceu aos senadores e fez um apelo para que os deputados possam aprovar a PEC da vaquejada na Câmara o mais rápido possível. “Foi muito bom o que aconteceu hoje. Isso é fruto da união e da conscientização de todos nós. Temos que continuar unidos e focados no nosso principal objetivo, que é a regulamentação da vaquejada. Estamos fazendo a nossa parte com a implantação da nova vaquejada, onde as regras têm como finalidade proteger os animais e os atletas. Agora é seguir de cabeça erguida e comemorar nossa vitória brevemente, com fé em Deus,” disse Cuca.