As últimas manifestações em favor da manutenção da Vaquejada já começaram a dar resultados e gerar bons frutos. Neste dia primeiro de novembro, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou por 7 x 2 o parecer do Projeto de Lei (PLC 24/2016) originado na Câmera dos Deputados com autoria do Deputado Federal Capitão Augusto, que define como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil o Rodeio, a Vaquejada e expressões decorrentes. Tendo como relator o Senado Otto Alencar (PSD - BA), o parecer passou na comissão depois de bem avaliado e entendido pela maioria dos Senadores.

Em sua defesa, o senador José Agripino (DEM - RN) acrescentou: “A aprovação desse Projeto vai oferecer um contra ponto ao Supremo Tribunal Federal no seu raciocínio. É a garantia de que a vaquejada é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. É importante que os Ministros ao reavaliarem a decisão que pode acabar com a vaquejada, levem em conta o que está acontecendo aqui agora, um quórum nunca visto antes nessa comissão e exatamente numa véspera de feriado, às 13h. Existe uma preocupação de todos e um sentimento nacional que clama pela manutenção da vaquejada,” disse Agripino.

O projeto agora vai tramitar no Senado Federal em Regime de Urgência e como já foi dito por alguns senadores, esse é um importante passo para a regulamentação da Vaquejada. Agora é continuar na luta buscando esclarecer aos senadores e principalmente a população, desmistificando a ideia de que existe maus tratos na vaquejada e apresentando a sua nova forma, que se dar dentro de regras rígidas e fiscalização permanente em favor dos animais.

A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas para se tornar Lei e entrar em vigor, mas ainda precisa passar pela plenária do Senado Federal e sanção do presidente Michel Temer. ” Se depender de nossa luta e de nossa garra iremos passar essa lei e tantas outras, até regulamentarmos a vaquejada. Estamos atentos e vigilantes e vamos mostrar ao Brasil e ao mundo que nossa atividade cultural e desportiva é de extrema necessidade para a sobrevivência de milhares de pessoas no Nordeste e no Brasil,” declarou Paulo Fernando Filho (CUCA), presidente da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ).

Foto: Renan Leoncio